2.7.10 | Autor: Maria Augusta

Este é o ano da biodiversidade, uma oportunidade a mais para o ser humano olhar em torno de si e apreciar a a riqueza e a complexidade da natureza, sem se esquecer que ele também faz parte dela. E também uma ocasião para avaliar os resultados de sua ação sobre o mundo que o cerca e trabalhar para impedir que ele continue a se deteriorar...afinal, quem quer destruir esta beleza, não é mesmo? E é sempre bom lembrá-lo como neste Ecological Day.










Autores das fotos :

Ursos © Eric Baccéga Pinguins © Xavier Desmier/Rapho
Leopardos © Michel et Christine Denis-Huot
Camaleão © Daniel Heuclin/Bios
Chimpanzé © Cyril Ruoso/Bios Ebano © Yann Arthus-Bertrand
Baleias © Philippe Bourseiller / www.bourseiller.com
Coruja © Vincent Munier / www.vincentmunier.com
Raposa © Pascal Bourguignon
Corais © Yann Arthus-Bertrand
Lagarta © Frank Deschandol/Philippe Sabine
Campos de cultivo © Yann Arthus-Bertrand
Peixes © Xavier Desmier/Rapho
Zangão © Jean-Christophe Vincent/Bios
Peixe-predador © Michel Loup
Vaca e cerejeiras © Yann Arthus-Bertrand
Jacintos d'água © Yann Arthus-Bertrand
Deserto © Yann Arthus-Bertrand


Fonte : L'Internaute

15.6.10 | Autor: Maria Augusta

Fotos da exposição "Pinturas e Platibandas" de Anna Mariani (fonte aqui)

Como vocês sabem sempre fui fascinada pelos meandros mentais que conduzem à criação de uma obra, seja qual for o domínio. E acho estes caminhos ainda mais fascinantes quando eles se cruzam entre si convergindo para um único objetivo, ou se somam, fazendo com que uma primeira idéia se concretize e dê origem a um outra criação, em um domínio bem diferente. Querem um exemplo? Vou dar um nome, Anna Mariani...ela é uma brasileira, fotógrafa consagrada já tendo percorrido o país com sua câmera na mão captando a beleza principalmente que vem da simplicidade. Já expôs sua obra no Brasil e no mundo e publicou vários livros, entre eles "Fachadas e Platibandas", uma série de fotos de casas populares em cores delicadas (..."as pinturas à base de cal dessas casas, elaboradas sobre fachadas e platibandas, é resultado da transparência e da luminosidade que só é possível graças às práticas tradicionais de caiação"...), que contrastam com a terra seca e craquelada do sertão do Nordeste do Brasil.


Agora vou falar de um outro nome Danielle Jensen, designer da grife Maria Bonita especializada em temas brasileiros para suas coleções. Entre estes temas, ela já se inspirou na obra da arquiteta Lina Bo Bardi para criar o figurino para inverno de 2010, e desta vez seu olhar se deteve no trabalho de Anna Mariani sobre as casinhas populares nordestinas, e suas cores suaves e geometrias a inspiraram para a criação de sua coleção verão 2010/2011, que foi apresentada na semana passada na SPFW. Como ela transformou as casinhas e a terra nordestina em vestidos e sapatos? Através dos materiais ousados (como o tecido feito com lâminas da madeira pau marfim ou oriunda do reflorestamento articuladas em forma de mosaico), as cores ( a areia foi evocada pelos tons dourados da coleção) e as estampas (como a que imitava a terra craquelada pela seca). Alguns detalhes foram muito bem bolados, como os chapéus "de cangaceiro" ligados às blusas por uma alça de violão. Como o resultado foi simples no conceito e sofisticado na execução, pessoalmente gostei muito (se desejarem ver o desfile completo, cliquem aqui), achei magnífico entre este encontro da moda com a arte, ambas fazendo declinações sobre o mesmo tema.


Fontes :

A arquitetura do sertão nas fachadas de Anna Mariani

IMS- Instituto Moreira Salles

YouTube - Anna Mariana - Pinturas e Platibandas -Roda da Moda

MariaBonita interpreta, com poesia e rigor de moda, as casas Nordestinas- UOL


E se você mora em São Paulo ou for até lá, aí fica a dica da exposição :

Anna Mariani: pinturas e platibandas

De 17 de junho a 1 de agosto de 2010

De terça a sexta, das 13h às 19h. Sábados e domingos, das 11h às 18h

Entrada franca.

Instituto Moreira Salles – São Paulo-SP

Rua Piauí, 844, Higienópolis

Tel.: 11 3825-2560



2.6.10 | Autor: Maria Augusta

Para este Ecological Day, gostaria de falar sobre a impressionante a luta que está se travando nos Estados Unidos contra esta maré negra que ameaça suas costas. Desde o acidente com a plataforma petrolífera Deepwater Horizon, 2 a 3 milhões de litros de petróleo são lançados no mar diariamente, sem que as tentativas para interromper o vazamento tenham sucesso. As costas da Louisiana já foram alcançadas e a Flórida também está ameaçada. Os prejuizos para a flora e a fauna são imensos e o desgaste político para o governo americano é evidente, sem falar na perda dos pescadores e dos que vivem do turismo nestas regiões. A companhia responsável pela plataforma teria negligenciado regras de segurança, o que teria acarretado o acidente? Dizem que a probabilidade de um acidente desta ordem acontecer era tão ínfima que não foram previstas soluções para resolver este problema, pode? No entanto, não foi a primeira catástrofe ambiental causada por vazamento de petróleo. Vejam no diaporama abaixo recentes acidentes que acarretaram poluições através do mundo...










E no Brasil que tem tantas plataformas petrolíferas no mar, será que medidas de segurança são tomadas para remediar as consequências no caso de um acidente desta dimensão?
28.5.10 | Autor: Maria Augusta

Você assistiu o filme "Alice no Pais das Maravilhas" de Tim Burton? Entre outras coisas, o que me impressionou nele foram os trajes dos personagens e o quanto eles são importantes para o ambiente que se quer criar em um filme. Segundo as palavras da "customière" Colleen Atwood que os concebeu foi um verdadeiro desafio criar o contraste entre o mundo real e o mundo virtual no qual mergulhava Alice. Por exemplo, para ela, no mundo real seu vestido era clássico da era vitoriana, mas no mundo virtual como Alice mudava de tamanho indo da "miniatura" a gigante, as roupas e os tecidos usados para realizá-las deviam seguir as metamorfoses assim como as situações : no filme, quando seu tamanho aumentou a Rainha Vermelha mandou fazer seu vestido a partir de uma cortina.

Quanto ao Chapeleiro Louco, houve uma grande participação do próprio Johnny Depp na concepção do chapéu e dos trajes, foi ele que sugeriu que o chapéu mudasse em função de seu humor. Quanto à malvada Rainha Vermelha, sua roupa foi inspirada no coração do naipe "copas" das cartas de baralho, sempre com certa vulgaridade para associá-la à maldade. Para a Rainha Branca, a boazinha, ela desenhou um vestido cintilante coberto de flocos de neve de seda evocando a delicadeza do personagem. Anne Hathaway, a artista que interpretou este personagem declarou : "Foi o vestido mais majestoso e frágil que já usei em toda a minha vida...Se alguém sonha em ser princesa é o vestido que deve usar".

E este filme de Tim Burton não é o único no qual os artistas se vestem de roupas de sonho, muitas vezes concebidas pelos mestres da alta costura para se transformar nos seres dos contos de fadas. Vejam mais alguns exemplos no diaporama abaixo :










Mudando de assunto : Amigos que me visitam, vocês devem ter percebido que a frequência das postagens está bastante aleatória por aqui. É que estou sentindo que o formato do CCCJ está precisando de uma renovação e por enquanto ainda não descobri uma nova fórmula. Vou continuar procurando, pois gostaria de manter sempre aberta esta (ou outra) sala de visitas virtual, este diálogo que mantemos aqui é precioso demais para ser interrompido. Por enquanto, espero contar com a compreensão de vocês neste período de transição...

17.5.10 | Autor: Maria Augusta

Sempre me impressiono com a riqueza e diversidade mundial dos acervos quando vou a um grande museu como o Louvre, ou o Metropolitan e todos os outros museus ocidentais...Quando vemos a Vitoria de Samothrace imponente no alto da escadaria do Louvre, filas para ver a cabeça de Nefertiti em Berlim, os afrescos do Parthenon em Londres, parece que a mundialização no domínio das artes já começou há muito tempo, não é mesmo? Mas parece que não é bem assim...

Busto de Nefertiti no Neues Museum em Berlim que é rclamado pelo Egito, embora o museu recuse baseado em documentos.

Foto : Pierre ADENIS/GAFF-LAIF-REA (fonte : Le Figaro)

Nestes últimos meses aconteceu uma reunião dos aqui chamados paises "do sul" visando fazer com que estas obras de arte que estão dispersas pelo mundo retornem a seus paises de origem. Um que reclama com veemência o retorno de seu prestigioso patrimônio é o Egito e para começar, ele deseja recuperar a cabeça de Nefertiti que está em Berlim e a pedra da Roseta, que está no British Museum em Londres. Por seu lado, a Grécia está solicitando à Inglaterra a volta dos altos relevos em mármore do Parthenon para serem reinstalados em seus devidos lugares originais, o Mali reclamou suas estatuetas que estavam no museu de artes primitivas de Paris e por aí vai...e será que eles tem chance de recuperá-las?

Mármores do Partenon, que estão no British Museum e cuja devolução é solicitada pelos gregos.

(Fonte : Le Figaro)

Parece que tudo depende da forma como elas foram adquiridas, se legalmente ou não. Por exemplo, em um encontro com o presidente do Egito recentemente, Nicolas Sarkozy devolveu a ele cinco fragmentos provenientes de um túmulo situado no Vale dos Reis que teria pertencido a um dignatário egípcio que viveu entre 1550 e 1290 aC. O museu do Louvre havia comprado estas peças recentemente "de boa fé" e no entanto elas teriam saido ilegalmente do Egito, que exigiu sua devolução.

Zodíaco de Denderá, há 200 anos no museu do Louvre e cuja restituição é solicitada pelos egípcios.

(Fonte : Le Figaro)

E não são apenas as obras oriundas de monumentos históricos que estão sendo reclamadas. Durante a Segunda Guerra Mundial por exemplo, muitas famílias principalmente judias tiveram obras de arte confiscadas pelos nazistas, que atualmente se encontram espalhadas pelo mundo em posse de particulares e de museus. Os descendentes destas famílias tem tentado recuperá-las, como é o caso da obra de Gustave Klimt "O retrato de Adele Bloch-Bauer", devolvida recentemente à sobrinha da retratada após um longo processo movido "por razões sentimentais"...as quais duraram algumas semanas após a recuperação da obra, até que o quadro foi vendido a um milionário americano por 135 milhões de dólares.

Retrato de Adèle Bloch-Bauer de Klimt, que foi devolvido à família da retratada pelo museu Belvedere de Viena.

(Fonte : Le Figaro)

Em todo caso, tudo isto ainda via dar muito "pano para mangas". Afinal uma obra de arte pertence ao país que a produziu ou à humanidade inteira? O que foi obtido legalmente no passado pode ser reclamado diante da situação política atual? E o que quer dizer "legalmente", uma presa de guerra era considerada como legítima pelo vencedor, mas isto é ético? E os paises que reclamam as obras será que são capazes de mantê-las em bom estado? A presença destas obras em museus onde podem ser vistas por milhares de pessoas não seria mais interessante para divulgar o patrimônio cultural de um país? Enfim são muitas as perguntas e as respostas são extremamente relativas...


8.5.10 | Autor: Maria Augusta

Aqui na Europa a semana foi assim : falou-se da crise grega que ameaça contagiar outros paises e que fez a taxa de câmbio do euro despencar nas cotações...falou-se de novo no vulcão islandês que continua a expelir cinzas que continuam a fechar o espaço aéreo que elas atravessam. Comentou-se bastante também sobre os problemas do outro lado do Atlântico como a maré de petróleo que ameaça as costas americanas ou do outro lado do canal da Mancha, como as eleições na Inglaterra. Um item mais ameno da atualidade foi o eco da abertura da exposição universal de Xangai que ocorreu na semana passada na China e do sucesso da "operação charme" lançada pelos franceses para reconquistar este país. Sim, porque depois de vaiar a chama olímpica em sua passagem por Paris e de receber o dalai lama, a imagem da França estava meio desbotada no Império do Meio...e como todos sabem que comerciar com a China hoje em dia é imprencidível para qualquer país, era preciso "redourar a pílula".

E para isto não foram poupados esforços para a construção do pavilhão francês para a exposição de Xangai. O arquiteto vencedor do concurso realizado para sua concepção foi Jacques Ferrier, com o projeto intitulado " A cidade sensual" pois segundo os criadores a exposição fará com que os visitantes experimentem os "sete sentidos", ou seja, além dos cinco normais que são a a visão, a audição, o olfato, o toque, o sabor, foram incluidos também o equilíbrio e o movimento, critérios muito valorizados pelos chineses. E estes sentidos seriam sensibilizados por meio dos produtos franceses expostos : gastronomia, perfumes, etc., além do "alimento para o intelecto" que não é negligenciável : o museu d'Orsay emprestou 6 obras (5 pinturas e uma escultura) : «l’Angélus» de Millet, «le Balcon» de Manet, «la Salle de danse à Arles» de Van Gogh, a «Femme à la cafetière» de Cézanne, «la Loge» de Bonnard, «le Repas» (também chamado «Les bananes») de Gauguin et «l’Age d’Airain» de Rodin.

Tendo em mente os critérios do desenvolvimento sustentável o arquiteto propôs um quadrilátero de 6000 m2 cuja estrutura é uma mantilha feita com um concreto muito leve que "flutua" sobre um espelho d'água. Em seu centro foram colocados "jardins à la francesa", mas suspensos e na posição vertical, lembrando um circuito impresso informático, no espírito de ligar a tradição à modernidade. O pavilhão composto de 3 andares contem um auditório, 2 restaurantes gastronômicos, sendo um deles é o 6Sens dos chefs estrelados Jacques & Laurent Pourcel, cujos pratos trazem as cores, odores e sabores da cozinha do Mediterrâneo. O custo total deste pavilhão foi de 50 milhões de euros, sendo que o financiamento foi 50% dos cofres públicos franceses e 50% pago pelas empresas. A inauguração contou com a presença do presidente francês e de sua esposa Carla (cuja presença foi muito apreciada, a fanfarra chinesa até tocou 2 músicas dela) e também de Alain Delon (que é adorado na China), padrinho do pavilhão.

Mas o que achei mais interessante é que durante toda a duração da exposição os casais que desejarem podem realizar um "casamento romântico" no pavilhão França, concorrendo assim a uma viagem de lua de mel em Paris. Pas mal, n'est-ce pas?


Veja alguns pavilhões de outros paises na Exposição Universal de Xangai aqui .



2.5.10 | Autor: Maria Augusta


Lendo sobre as "feral houses" que a Sonia trouxe para este Ecological Day, me lembrei desta proposta do arquiteto Jean Nouvel para a "Grande Paris"(acima) e da nova tendência que está sendo adotada nas construções por aqui : as paredes e os tetos vegetalizados. A razão é que como as novas construções devem levar em conta o impacto ambiental, a presença das plantas nas paredes e no teto apresentam várias vantagens tais como a contribuição à biodiversidade, uma melhoria da qualidade do ar das cidades, um bom isolamento térmico e acústico, além de ajudar no escoamento da agua das chuvas.

Existem dois processos para o teto vegetalizado, o intensivo e o extensivo. O primeiro sistema, o intensivo, é aquele das coberturas dos prédios cobertas por vasos de plantas, cuja manutenção é feita como para um jardim normal. No segundo caso, o teto é recoberto por um "tapete" vegetal, que é colocado sobre uma camada de mineral não muito espessa (~15cm). As plantas usadas são gramíneas e outras plantas que não crescem muito. O imóvel é protegido da penetração das raizes por um revestimento que garante a estanqueidade, recoberto por uma camada de gravetos qua ajuda a drenar a água da chuva.

Quanto às paredes vegetalizadas, a forma mais corrente de obtê-las é pelo uso das trepadeiras, que no entanto exigem uma manutenção constante para não invadir outras áreas e não danificar o reboco. Estas paredes vegetalizadas podem ser tanto internas quanto externas. Vejam abaixo alguns exemplos de imóveis vegetalizados :


Museu do Quai Branly em Paris : esta é uma criação do botanista Patrick Blanc. Este muro vegetal tem uma superfície de 800 m2 e é composto por 15000 plantas oriundas do Japão, da China, dos Estados Unidos e da Europa Central. A instalação é garantida por 30 anos.
©DR
(clique na imagem para aumentá-la)

Este muro vegetal é dos Halles de Avignon (França) e também foi realizado por Patrick Blanc.
©DR
(clique na imagem para aumentá-la)

"Flower Tower" é o nome deste prédio realizado pelo arquiteto Édouard François em Paris. Cada andar possui terraços preenchidos com enormes vasos de concreto contendo bambus que são regados automaticamente. A vegetação filtra o ar e os habitantes tem a impressão de estar em meio à natureza.
©Pierre Marilly DR

(clique na imagem para aumentá-la)

O grupo escolar Buffon em Thiais (França) foi construido na altura das árvores, que são Paulownia imperialis. Foi realizado por Édouard François, em colaboração com Duncan Lewis (1996).
©DR
(clique na imagem para aumentá-la)

Entre os imóveis de um conjunto residencial de Paris, o paisagista Michel Desvigne transplantou uma paisagem natural.Um tapete de hera se estende entre as fachadas, enquanto que os troncos prateados das bétulas preenchem o espaço entre os prédios (1992).
© DR

(clique na imagem para aumentá-la)


Fontes :

Côté Maison
Echobio


Veja também :

Casas Verdejantes (casas vegetalizadas fotografadas pela Sonia do "Leaves of Grass")


29.4.10 | Autor: Maria Augusta

Há alguns meses trouxe uma série de fotos mostrando as mais belas bibliotecas do mundo (aqui). Estes nossos templos do saber passarão a ser museus em um futuro próximo? Será que o livro de papel vai desaparecer para deixar lugar ao e-book e a outros suportes digitais? Sinceramente já sinto nostalgia só de pensar, adoro o toque e o odor do papel, e ver aquelas folhas amareladas pelo tempo, no caso dos livros antigos. Por exemplo, nestas que trago abaixo, na biblioteca do Museu Morgan em Nova Iorque está guardada uma Bíblia editada por Gutenberg, na biblioteca de livros raros Thomas Fisher em Toronto pode-se encontrar as "Crônicas de Nuremberg", o primeiro livro ilustrado que foi publicado em 1493, na biblioteca do Vaticano estão guardados seus arquivos secretos...quantos tesouros estão abrigados nestes "templos"! Mas é o progresso, e se o suporte digital pode permitir que o conteudo destas obras alcance um número maior de pessoas no mundo só podemos apoiar. Por enquanto, vamos continuando a visitar as bibliotecas, pois encontrei mais fotos de outras que não estão incluidas no post anterior e não resisti...










24.4.10 | Autor: Maria Augusta

Pipa, papagaio, quadrado, pandorga, arraia...pouco importa o nome, ela nos faz sonhar rodopiando lá no céu. Dizem que foram os chineses que a inventaram por volta de 200 aC. e uma das suas primeiras aplicações foi militar (!) para transmitir mensagens a aliados, e parece que até Marco Polo a utilizou para atacar inimigos quando esteve na China, no que teria sido o primeiro ataque aéreo da história. Mais tarde ela se espalhou pelo mundo e adquiriu no Oriente um forte significado religioso e ritualístico, por exemplo uma pipa com um dragão traz a prosperidade, uma com uma coruja a sabedoria, ou ainda com uma tartaruga traz longa vida. Mas construir uma pipa é uma arte! E ela tem que ser caprichada, pois ela tem que subir, nada é mais triste que uma pipa no chão. Segundo os físicos "A relação entre a força do vento e a tensão da linha é a condição determinante para se empinar uma pipa". Mas depois que ela sobe, se faz círculos muito grandes, ou inclina para um lado ou tem vôo irregular, significa que ela precisa ser melhorada. Porque ela tem que obedecer a nosso comando e voar linda e graciosa lá no céu...como estas do campeonato de pipas que aconteceu em São Paulo na semana passada em frente ao Museu do Ipiranga:



Mas para que soltar pipas seja um prazer, é preciso seguir algumas regras de segurança :


Para saber mais sobre as pipas (fonte da maior parte das informações deste post) :

Portal de Pipas e Papagaios Silvio Voice

Para ver mais fotos sobre o campeonato no Museu do Ipiranga (fonte das fotos):

Portal UOL

21.4.10 | Autor: Maria Augusta

Quantos acontecimentos ocorreram na história do Brasil no dia 21 de abril...Tiradentes, a morte de Tancredo Neves e a inauguração de Brasília. Pois é, esta última foi há 50 anos atrás, para a história de uma pais é um espaço de tempo curto, mas quanta coisa aconteceu neste período, não é mesmo? Renúncia de presidentes, golpes de estado, nova constituição para o país, e muitas manifestações populares que culminaram com esta abaixo, a mais recente, para "comemorar" os 50 anos da Capital...

Confesso que sabia muito pouco sobre as razões que levaram à instalação da capital no interior do Brasil. Lendo sobre o assunto para preparar este post, soube que o Marquês de Pombal já havia pensado na instalação da capital do império português no coração do Brasil e José Bonifácio de Andrada e Silva em 1823 também havia sugerido a mudança da capital para o interior (e proposto o nome de Brasília), o que já foi inserido na primeira constituição republicana de 1891. No entanto a pedra fundamental foi colocada em 1922 e a construção começou em 1956, no governo de Juscelino Kubitschek.O projeto de Lúcio Costa que definiu o urbanismo foi o vencedor de um concurso que envolveu 41 concorrentes. (Clique na imagem abaixo para ver a excelente "linha do tempo" da construção de Brasília da UOL).

Em relação à sua concepção e arquitetura, pessoalmente gosto muito, mas elas tem sido muito contestadas e criticadas, dizem que ela não é humana, que é uma cidade "artificial" incapaz de absorver as adaptações decorrentes da evolução, que é simplesmente uma obra de arte para ser somente contemplada.Quanto a isto, acho que só seus habitantes (permanentes, pois os políticos vão e vem) podem responder, e parece que eles tem um dos níveis de vida mais altos do Brasil. Talvez ela ainda esteja longe do sonho de D. Bosco, que dizia que "entre os paralelos 15° e 20° do hemisfério sul perto de um lago havia um lugar de uma riqueza inconcebível onde surgiria a terra prometida vertendo leite e mel", mas ela vai resistindo e se impondo como a capital do Brasil (...embora aqui na Europa ainda pensem que é o Rio ou...Buenos Aires rs).


FELIZ ANIVERSÁRIO, BRASÍLIA!


(Clique na imagem para ver o diaporama)
18.4.10 | Autor: Maria Augusta
O mundo está estranho nestes últimos meses, são terremotos, enchentes, "bolas de fogo" no céu, agora até os vulcões começaram a se manifestar...e este da Islândia está dando "panos para manga", paralisou os céus da Europa, uma das regiões mais desenvolvidas do mundo...já imaginaram que até alguns dos líderes mais poderosos do planeta tiveram que se reprogramar por causa desta nuvem expelida pelo vulcão? Mas só podemos esperar que tudo se acalme e volte ao normal, não é mesmo? Então trouxe estas imagens repousantes para relaxar e nos propiciar alguns minutos de serenidade em meio a este caos. (clique na imagem abaixo para ver o diaporama)



Bom fim de semana para todos!


Fonte : L'Internaute




14.4.10 | Autor: Maria Augusta

Damien Hirst e seu "Tubarão"
lepoint.fr ©VALERY HACHE / AFP

Muito se tem discutido sobre o valor artístico (e financeiro...) da arte contemporânea. E sem dúvida, um dos artistas mais controvertidos de nossos dias é Damien Hirst. Ele coleciona "escândalos" seja pelo insólito de sua obra, seja devido aos preços que seus trabalhos alcançam no mercado internacional. É chamado "o tubarão", talvez devido à sua obra mais célebre, um tubarão gigante mergulhado em um tanque de formol que foi vendido a um milionário americano pela bagatela de 12 milhões de dólares. Em 2007 ele tornou a fazer sensação criando um crânio de platina cravejado de diamantes avaliado em 100 milhões de dólares (dizem que ele não o vendeu e que ele foi desmontado para recuperar as pedras). Em 2008 ele continuou a criar o espanto, vendendo 223 obras inéditas por 89 milhões de dólares na Sotheby's...sem falar que suas exposições contem sangue de animal espirrado nas paredes e nas obras.



Mas a verdadeira questão é : "Qual é o verdadeiro valor de suas obras"? Pessoalmente, não sou fã, acho horrível aquela ovelha cortada ao meio imersa no formaldeido que está no diaporama abaixo por exemplo. Este mostra algumas de suas obras que estão sendo expostas no Museu Oceanográfico de Mônaco atualmente (clique nas miniaturas para ampliar as imagens ou use o "fullscreen"). Será arte ou não?



Fonte principal : Le Point (lepoint.fr)
9.4.10 | Autor: Maria Augusta








Amigos, estou de volta das férias e este blog retoma sua atividade. Não escolhi muito bem a época para a ausência, pois passaram em branco o Dia da Mulher, o Dia da Água, o Ecological Day, sem falar no Bloggincana e até no aniversário deste blog, que foi dia 23 de março. Mas agradeço e retribuo de coração a todos vocês que por aqui passaram neste período para desejar Boas Férias ou Boa Páscoa ou simplesmente para deixar uma palavra de carinho. Aos poucos vou retomar a "velocidade de cruzeiro" e visitá-los para matar as saudades e me inteirar sobre as novidades da blogosfera.

Olhando estas imagens deste post, vocês devem estar pensando que fui passear no espaço sideral, não é mesmo? rs. Não é bem assim, estas imagens em 3D são de Robert Czanny, um engenheiro polonês que tem como hobby desenvolver cenas inspiradas na literatura e nos filmes de ficção científica, propondo sua visão e suas soluções para o futuro do universo. Trouxe aqui porque achei a criatividade dele fascinante, e nestes tempos onde as imagens em 3D abrem seu espaço como em "Avatar" ou no novo "Alice no País das Maravilhas", é sempre interessante conhecer mais sobre os artistas desta técnica. Espero que gostem...

10.3.10 | Autor: Maria Augusta

Photobucket

Queridos amigos, uma escapada depois deste longo inverno tem me mantido longe do nosso dialogo aqui na blogosfera e isto acontecera até o inicio de abril. Quando for possivel passarei para visita-los, não acredito que consiga ficar todo este tempo longe de vocês.

Um grande abraço para todos e à bientôt!

1.3.10 | Autor: Maria Augusta

Castelo de Nohant onde Chopin viveu durante alguns anos

Hoje, dia 1° de março, é o aniversário "oficial" de Fréderic Chopin, embora seu registro de batismo afirme que ele nasceu em 23 de fevereiro, há 200 anos. Na dúvida, seu país natal a Polônia comemora este bicentenário com um concerto que deve durar 171 horas, que começou dia 23 de fevereiro e deve terminar hoje. Mas não é só a Polônia que está em festa devido a este bicentenário. Aqui na França, por exemplo, este ano de 2010 foi declarado pelo ministério da cultura como "Ano Chopin". Pois ele nasceu na Polônia, mas seu pai era francês, aliás daqui da região da Lorena, que havia emigrado para a Polônia em busca de melhores condições de vida.

Chopin e George Sand retratados por Eugène Delacroix

Fréderic foi um menino prodígio, que aos 7 anos já havia composto duas polonaises e apresentava concertos nos grandes salões de seu país. Aos 20 anos, ele deixou a Polônia e partiu para a Áustria, em seguida para a Inglaterra e finalmente chegou em Paris onde se radicou, sempre compondo e se apresentando para os apreciadores de sua música tão romântica. Foi então que, depois de um noivado rompido, ele conheceu a escritora George Sand, com quem viveu um grande e tumultuoso amor. O casal se radicou na cidade de Nohant na França, no castelo da família dela, que era uma baronesa. Nesta fase ele produziu uma grande parte de sua obra e depois que eles se separaram em 1847, ele nunca mais compôs. Faleceu em 1849, devido a problemas pulmonares dos quais sofria há muitos anos.


Lugares onde viveu Chopin na Polônia

Sua obra fortemente marcada pelo romantismo é composta pelas polonaises, mazurcas (homenagens à sua Polônia natal), e também de noturnos, sonatas, valsas, prelúdios, baladas, estudos...mas é melhor calar as palavras e deixar o piano "falar", não é mesmo?



21.2.10 | Autor: Maria Augusta

Escrevi este agradecimento ao Rolando Palma no ano passado, quando recebi dele como presente esta imagem que sintetizava este blog publicada no "Entreblogs"...pois ele tinha esta capacidade, de captar a essência das coisas a partir do que escrevíamos e traduzi-la sob a forma de imagens e escritos. Cada vez que ele passava por aqui com seus comentários sempre pertinentes e plenos de filosofia, sempre enriquecia este cantinho.

Qual a diferença entre mares e oceanos? Deve haver uma explicação, mas qual é a importância se ambos abrigam as estrelas-do-mar e inspiram os poetas, não é mesmo? Como por exemplo este poema de Fernando Pessoa que descreve tão bem a alma portuguesa :

Mar Português

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu"

Porque hoje estou falando de mares e de Portugal? Porque ambos os assuntos são fascinantes e também para agradecer ao amigo Rolando, do blog Entremares, que colocou este blog entre os três que ele considera os mais criativos, me presenteando com a linda imagem que ilustra este post. Ele navega Entremares, Entreartes, Entremúsicas, Entrefilmes, Entrefotos, sempre com muito talento e elegância, e ainda tem tempo para gestos atenciosos como este em relação aos outros blogs. Muito obrigada, Rolando!

Difícil de acreditar que ele não está mais no nosso mundo real, nem no nosso mundo virtual, que passou a uma outra dimensão. Prefiro acreditar que um ser humano e um intelecto que oferecem tanto, como ele nos oferecia, não desaparecem...E ele que viveu "Entremares", "Entreoceanos" (que ele atravessava para ir ver sua querida Regina), nos deixou "Entre Estrelas"...representadas pelas centelhas de seu talento que ele tão generosamente distribuiu na blogosfera. E que cada vez que nos depararmos com um de seus contos ou mesmo com um de seus sábios comentários sentiremos sua presença. E ele, onde estiver, ele deve estar concordando com o que diz Fernando Pessoa no poema acima : "Tudo vale a pena se a alma não é pequena"...

Meus sinceros sentimentos a seus familiares, assim como à Regina e a seus entes queridos.

E obrigada ao Eduardo e ao Jorge por terem reativado a "Tertúlia Virtual", nos reunindo para esta homenagem...

17.2.10 | Autor: Maria Augusta

Frantz Zephrini - uma das primeiras obras feitas no Haiti depois do seisma (fonte aqui)

Há alguns dias vi na televisão um concerto (aqui) onde artistas e personagens políticos e da mídia em geral se apresentavam para angariar fundos para a reconstrução do Haiti. Muito louvável, mas de tudo o que assisti neste programa, o que mais me agradou foi o discurso do ministro da cultura francês Fréderic Mitterrand. Ele citou o escritor haitiano Dany Laferrière, que disse em resumo : "Este país é pobre e sofreu uma catástrofe natural, mas não se deve olhar os haitianos como um povo de mendigos. Sua cultura é riquíssima e devemos ter isso em mente e respeitar sua dignidade". Então falou da importância da cultura para este povo, e que no ano de 2009 três entre os maiores prêmios literários de língua francesa foram ganhos pelos escritores haitianos e que sua pintura é célebre e renomada no mundo todo. Fiquei curiosa a este respeito, pesquisei e no site do jornal jornal "Le Monde", encontrei o link para a galeria Monnin, que traça um histórico dos artistas haitianos, da espontaneidade dos "naïves", até a evolução na direção do "fantástico". São realmente trabalhos magníficos, tudo muito colorido e com luz difusa que realça as obras como se elas emanassem uma luz interior, talvez a manifestação do forte misticismo que habita esta cultura. Veja alguns exemplos (passe o mouse sobre as fotos para ver as legendas) :

Esta galeria felizmente resistiu ao seisma, mas as obras que estavam no palácio presidencial desapareceram, e daquelas que estavam no museu Nader, uma enorme galeria particular contendo mais de 15000 obras dos mestres haitianos, poucas se salvaram. Além disso, os afrescos da igreja episcopal de Santa Trindade (foto abaixo) que eram verdadeiras obras-primas também foram perdidos.

©Jean-Claude Coutasse pour "Le Monde"

Mas o mais importante são sem dúvida as perdas humanas...confesso que não ousei pesquisar para saber quantos artistas entre os citados no diaporama acima ainda estão em vida. No entanto, a reconstrução já começou...os que sobreviveram colocaram "mãos à obra" e alguns tais como Frantz Zephirin acreditam mesmo que a tragédia pode servir como um eletrochoque para fazer seu povo despertar e buscar melhores condições de vida. Outros, como Jean-Louis Henri (foto abaixo) que está completamente traumatizado, preferem partir e se reconstruir no Exterior...mas deixando imortalizado sobre uma tela este momento de seu país.

© Jean-Claude Coutasse pour "Le Monde"

Todos reconhecem que o trabalho deles não será nunca mais o mesmo depois do que viveram neste 12 de janeiro. Mas não são pessimistas, como diz Reynald Joseph "Um quadro é um objeto artístico. E a arte não é feita para falar de tristeza. Mesmo deprimido, machucado, um haitiano se mantem de pé". Só nos resta desejar que a essência da alma haitiana emanada destas obras de arte, possa ajudar este povo a se reerguer.


Fonte dos depoimentos e das fotos : jornal "Le Monde" (aqui).
Outras obras dos artistas que estão no diaporama no site da Galeria Monnin (aqui).

15.2.10 | Autor: Maria Augusta
Não sou uma grande foliona, sempre preferi descansar e viajar durante o Carnaval quando morava no Brasil. Mas reconheço que o Carnaval é um belo espetáculo e sempre disse que pelo menos uma vez na vida gostaria de ver o desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro. Mas ainda não será este ano, logo fico aqui "de camarote" observando os foliões se divertirem. Então, que tal darmos a volta ao mundo vendo como os outros paises festejam o Carnaval e ao som de um samba bem brasileiro (clique na foto para ver o diaporama) ?



Fonte das fotos : Portal UOL
9.2.10 | Autor: Maria Augusta

A aproximação do "Dia dos Namorados" daqui me fez lembrar desta foto. Quem não a conhece, não é mesmo? Trata-se dos "O beijo da Prefeitura", feita por Robert Doisneau em 1950. Muito do nosso imaginário sobre Paris, seus habitantes e suas ruas vem das imagens deste fotógrafo, pois este "pescador de imagens", como ele se definia, era considerado um fotógrafo da escola humanista, tendo realizado durante 50 anos milhares de retratos das pessoas simples de Paris e seus arredores...artesãos, operários, namorados, mendigos, meninos de rua, todos foram alvo de sua máquina fotográfica. Ele sabia espreitar o bom momento para captar os instantes que sugeriam o humor, a ironia, a nostalgia, a ternura. Ganhou muitos prêmios e publicou mais de trinta albuns, e neste momento em Paris, está acontecendo uma exposição chamada "Du métier à l'oeuvre", retraçando a evolução de seu trabalho de 1930 a 1966. Veja alguns dos clichês nela apresentados no diaporama abaixo, USE O FULLSCREEN, vale a pena (fonte aqui) :


Site da exposição aqui
Outra fonte : "Robert Doisneau, le pecheur d'images"
6.2.10 | Autor: Maria Augusta
Oba, chegou o final de semana, e com ele as reuniões com a família e os amigos, momentos de descontração em torno de uma bebidinha gelada... aí no hemisfério sul, aqui está mais para um gostoso vinho para esquentar. Mas de qualquer forma, precisamos de alguns petiscos para acompanhar a bebida, né? Pois encontrei um blog do jornal "Le Monde" (aqui) chamado "Para beber e para comer" do Guillaume Long, que tem umas receitinhas ilustradas rápidas e fáceis que podemos fazer neste fim de semana. Para as traduções, passe o mouse sobre os textos, não quis cobrir nem as letras da ilustração dele, achei muito legais. Tem 3 receitas, usa as flechinhas abaixo e à direita do texto para ver as seguintes.

Bom fim de semana e bom apetite!
1.2.10 | Autor: Maria Augusta
O Congresso de Copenhague para o clima fracassou, o Sol que continua "em repouso", o frio terrível deste inverno no Hemisfério Norte, com tudo isto o aquecimento climático e suas causas tem sido muito discutidos e reavaliados. Mas isto não impede neste Ecological Day de constatar os danos que causamos em torno de nós como a poluição industrial e refletir sobre os meios a empregar para não abdicar de nosso conforto e ao mesmo tempo respeitar a natureza. Neste sentido, encontrei o trabalho de J. Henry Fair que percorreu o planeta fazendo fotos aéreas magníficas...mas com um terrível significado! Algumas delas estão listadas abaixo, não hesite a clicar para ampliá-las, são muito bonitas...

A poluição provocada pelos metais pesados perto da usina geradora de eletricidade de Lausitz, na Alemanha.
© J Henry Fair

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Nas minas de carvão, os empregados cavam o solo para liberar este precioso combustível. A parte que não é usada para produção de energia é empilhada para reforçar a estrutura da mina. © J Henry Fair

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Esta imagem foi realizada na Carolina do Sul. A cor laranja corresponde à poluição gerada pela extração de minérios, no caso o carvão. As cinzas, assim como o arsênico, o mercúrio, o selênio e o chumbo entram em contato direto com o lençol freático. © J Henry Fair

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Estas fileiras bem ordenadas são sedimentos revolvidos para a obtenção de carvão. Esta imagem foi feita em Lausitz na Alemanha. © J Henry Fair

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As chaminés das centrais elétricas que funcionam a carvão são muito poluidoras, liberando nuvens carregadas de cinzas. Estas se depositam nos arredores, inclusive na água. © J Henry Fair

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Este "dragão" é uma mina de fosfato na Flórida. Ele é formado pela descarga de rejeitos líquidos provenientes das minas de fosfato. Estes produtos são extremamente tóxicos para o meio ambiente. © J Henry Fair

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Quase um milhão de hectares de florestas antigas dos Montes Apalaches forma destruidas devido à uma exploração de uma mina. As zonas verdes são uma mistura de ervas e de produtos fertilizantes. Estas crescem mas morrem rapidamente.
© J Henry Fair

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Esta também é uma mina de fosfatos na Flórida. A utilização de ácido sulfúrico para a obtenção desta matéria prima para os fertilizantes produz rejeitos ácidos. O tratamento também libera gases à base de fluor. Todos estes compostos são perigosos para os animais que vivem na região. © J Henry Fair

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Este rio dourado parece muito bonito mas é melhor não tocá-lo, pois ele é rico em urânio e em ácidos. © J Henry Fair

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Esta imagem vermelha alaranjada mostra a poluição das águas com mercúrio, cádmio, cromo e arsênico perto da usina geradora de eletricidade de Lausitz na Alemanha © J Henry Fair

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A Agência Americana de Proteção do Meio Ambiente (APE) reconheceu este lugar da Carolina do Norte com sendo vítima de poluição maciça. Os lençóis freáticos foram contaminados pelo arsênico proveniente de bacias de rejeitos líquidos insuficientemente protegidos. © J Henry Fair

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Montanhas de sedimentos resultantes da extração de carvão. © J Henry Fair

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Fonte : L'Internaute