Nunca tive habilidade manual porisso sempre fugi de bordados, crochês e tudo o que as meninas "prendadas" aprendiam com suas mães ou avós. Mas talvez por não ter o talento nem a paciência requerida para este tipo de tarefa aprecio enormemente quem é capaz de realizá-las e sempre fico admirada diante de um belo bordado, imaginando o tempo que foi necessário para alcançar este resultado e como ele foi criado.
No mundo da alta costura francês existem alguns "papas" desta arte, Hurel e Lesage, que bordam os vestidos de Dior, Chanel, Elie Saab, Giorgio Armani ou Valentino. O primeiro tem um estilo mais despojado, com linhas geométricas e o segundo tende para um estilo barroco, com muitos "paetês". Mas todos os dois trabalham com 2 tipos de bordadeiras, as "lunevilloises" que usam agulhas de crochê ou as "bordadeiras Cornely", que utilizam um máquina de costura com este nome. Apesar da técnica ser ancestral (os bordados datam do Império Persa), segundo eles esta está em evolução constante. Encontrei um "passo a passo" do trabalho deles e coloquei no diaporama abaixo (para entrar, clique na setinha que se encontra abaixo da imagem, à direita), espero que apreciem.
Vídeo realizado nas oficinas de Lesage aqui
Fonte : Le Figaro
19 comentários :
MARIA AUSTA
Que aula!
Acredita que a segui com o maior interesse. Até revi algumas das imagens do vídeo...
Aqui, no Côté cour, Côté jardin, frequenta-se uma UNIVERSIDADE !
Muito obrigado (eu também não tenho jeitinho, nem paciência, para o que quer que seja de trabalhos que exijam paciência e destreza de mãos e de dedos.
Um beijo.
ATENçÃO
A prova é o número de erros que os meus dedos fabricaram!
Até no nome da
MARIA AUGUSTA
!!!
Olá Maria Augusta...Pena não estar conseguindo abrir as imagens no diaporama.
Vir aqui realmente é maravilhoso.
Beijos,
Maria Augusta
Que post mais lindo!
Mãos de fadinhas tem estas bordadeiras, é a mais pura verdade!
ADORO este teu cantinho, sempre aprendo e me enriqueço aqui!
Obrigada amiga pela partilha e pela qualidade de sempre!
Bjão carinhoso pra ti!
PS: tava saudade! Cheguei ontem! Tudo correu muito bem por lá. Agradeço as tuas visitas lá no meu cantinho enquanto estive fora!
Te lia, mas não sobrava muito tempo para comentar! Amei as glicínias!
Maria Augusta minha querida: Confessoq ue também tiro meu chapéu para pessoas com dom tão bonito.
Acho perfeito as mãos que vão e vem sobre um tecido, e o transforma.
Daí, sai coisas maravilhosas.
Um beijo
Maria Augusta,
realmente não consigo ver uma Engenheira bordando!!!! srsr
Q luxo!!!
Lembrei-me do meu vestido de casamento que tinha um lindo bordado em minúsculas pérolas, paetês e missangas importadas.. eita.
Foi a primeira e última vez que usei um vestido bordado e de preço "salgado".
Muito bom acompanhar a evolução do trabalho desses dedos de fada.
Obrigada por dar essa mostra tão especial da confeção de alta moda.
Beijooo
Maria Augusta, boa tarde!
Tudo bem?
Que belo trabalho esse. E eu sei que trabalho tudo isso dá. Eu sei bordar, tricotar, fazer crochê, pintar em tecidos, etc.
É um trabalho que requer muita paciência, dedicacao. Eu gosto de bordar nas roupas da Viviane por exemplo mucangas e paetês. Dá um outro visual na roupa e como ela gosta de brilho, aproveito e bordo de vez em quando. Por incrível que pareca, esta semana pensei sobre os meus primeiros bordados. Minha mae me fez bordar uma patinha no pano de prato. Para cada dia da semana a patinha tinha um cesto diferente. Me lembro que ficava encantada com tantas coisas que aquela pata fazia durante a semana, rs.
E agora este seu post.
Lindo demais!
Um grande beijo
Maria Augusta, que beleza de bordados e quanto trabalho necessário... É uma arte mesmo!
Eu não tenho habilidade para trabalhos manuais, mesmo tendo tido um ótimo exemplo em casa, pois minha mãe era uma tecelã muito talentosa. Fazia lindos trabalhos em tear e dava aulas também.
Beijos e um alegre dia para você.
Absolutamente fantástico. Confesso que tb. não tenho jeito. Nem com berbequim faria isto!
Boa tarde Maria Augusta, eu confesso que esse gênero não me atraí. É relamente bonito e tudo mais, mas essas "prendas" não me alcançam e sinceramente, talento nesse quesito é algo que eu devidamente não tenho. Minha sogra tentou me ensinar a fazer tricô, quase surtei. Ela passava horas fazendo isso, eu não aguentei nem alguns míseros minutos. Talento em falta, paciência também. hahahaha Já viu o resultado?
Beijos
Assim como vc, eu tb aprecio as pessoas que tem esse dom de boradar. Minha mae bordava coisas lindas, mas nunca pude imita-la. Um beijo
Mas que obras de Arte, hein????? Nunca havia pensado nestes trabalhos manuais em termos de arte: SAO PURA ARTE! (logo para mim, que nao sei costurar um botao!)
Parabéns por mais uma postagem de altíssimo nível! Adoro passar por aqui. Aprendo muito! Ricardo
João, que legal que você se gostou, fiquei com medo que este assunto fosse interessar somente as visitantes do blog.
Um abração.
Selena, tente o link direto : http://www.loritech.com.fr/bord2/main.swf. Para virar as páginas não clique sobre as imagens mas sobre as setas que estão embaixo delas à direita.
Um beijão.
Wania, benvinda de volta, espero que tenha gostado da viagem e do congresso.
Um grande beijo.
Aninha, as bordadeiras são verdadeiras fadas, não é mesmo?
Um beijão.
Eduardo, felizmente para meu trabalho não precisava bordar, senão estaria perdida rs...mas sabe que já me aconteceu de fazer tricô (que é o único trabalho manual que faço pois não requer grande habilidade) com as outras colegas de trabalho no inverno na hora do almoço rs.
Abraços.
Elma, este teu vestido de casamento deve ser muito bonito e chique. Trouxe este exemplo de alta moda pois achei o artigo bem ilustrado, mas já fui a exposições de bordados de "ponto cruz", que não tem o mesmo luxo mas a beleza do trabalho está igualmente presente.
Um grande beijo.
Georgia, eu aprendi fazer tudo isto na escola, mas não gostava não (só o tricô se salvou rs). Uma vez na escola nos mandaram bordar uma toalha para uma exposição...só bordei a ponta que ia aparecer pois ela era apresentada dobrada dentro de uma caixinha com tampa transparente rs...mas admiro muito quem tem este dom, imagino a graça que ficou a série de patinhas que você fez.
Um beijão.
Sonia, o trabalho com tear também é muito impressionante, imagino que tua mãe fez coisas muito bonitas.
Um grande beijo.
Jorge, é um trabalho de minúcia e paciência, eu também não faria.
Um grande abraço.
Lunna, você tem outros talentos, isto é que conta, né? Tricotar até que consigo, mas uma malha leva vários invernos para ficar pronta, porque so penso em pegar "na obra" muito raramente...
Um beijão.
Livia, você é a filha da Célia, não é mesmo? Seja benvinda neste cantinho.
Um grande beijo.
Ricardo, é pura arte mesmo, pois eles criam os motivos e o executam.
Um abração e obrigada pela visita.
Abraços.
Oi Maria Augusta!
O seu post nos mostra que o bordado é uma arte para talentosos e pacientes. Gostaria de tentar qq dia desses. Deve ser uma terapia ótima.
Minha mãe é "profi" nesta área. Eu nao herdei o dom. Mas quem sabe posso ainda aprender...
Beijos!
P.S.: Adorei o vestido preto bordado com a bota. Digno de um princesinha!
Tem um famoso ponto do bordado que se chama "Ponto Paris" - ponto que prende um bordado renascença, feito em tela e prendido como esse ponto no tecido escolhido. Interessante que é quase um "Ponto Invisível" mas para ser visível, tem um efeito bem bonito!. Não sei bordar também, só aprecio!
Você já ouviu falar da Grife de Madeleine Vionnet? Sophia Kokosalaki está tentando recuperar a imagem desta estilista que inventou alguns pontos, aliás, parece que querem recuperar um terreno que os chineses estão invadindo também! (rs*)
Beijus,
Fatima, é um exercício de concentração, realmente pode servir como terapia para quem tem paciência. Também gostei muito do vestido preto bordado com as botas, ficou chic e esportivo ao mesmo tempo.
Beijos.
Luma, não conheço este ponto Paris nem os nomes que você citou, obrigada pelos preciosos complementos, vou procurar ler algo sobre eles.
Um beijão.
Minha mãe fazia tricô e era eu quem ajudava a contar os pontos, a enrolar a linha para saber se a metragem estava correta.
Tem uma história engraçada. Meu pai comprou uma daquelas máquinas de fazer tricô que minha mãe sempre pedia. Pois bem, minha mãe nunca usou a dita cuja. Meu pai teve que ler o manual inteiro, aprender a usar, fez até um par de meias e minha mãe nada.
E a bendita máquina ficou aqui em casa até o ano passado, só foi embora depois que minha mãe morreu, mas ela nunca usou.
Grande abraço