30.3.09 | Autor: Maria Augusta

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Este castelinho chamado Charmois fica aqui pertinho de casa, posso ver o alto de suas árvores da minha janela. Gosto muito dele pois é charmoso e pequeno, me faz pensar no castelo da Branca de Neve e dos 7 Anões. O estilo dele parece da Renascença, mas na verdade ele foi construido no século XIX.

Fica no meio de um parque com jardins e um espelho d'água e muitas vezes já peguei meu material e fui trabalhar à sombra de suas árvores, ouvindo os trinados dos pássaros, pois nele existe um refúgio, com varias espécies. Felizmente, durante o vendaval de 1999, que destruiu a metade das árvores da França, ele não foi muito afetado.

No lugar onde ele se encontra, já habitou o pintor oficial (Claude Joseph Gilles chamado : o Provençal) do Rei Stanislas, sogro de Luis XV. Durante a II Guerra Mundial os alemães usaram suas cavalariças como prisão. Atualmente o castelo pertence à prefeitura, que nele abriga uma associação de pétanque (jogo com bolas metálicas tipicamente francês), realiza reuniões com os habitantes, exposições e aluga seus salões para festas como casamentos e aniversários.

Ele é um dos "castelos do meu caminho", quando saio para fazer caminhadas nos dias de primavera...e lá vou eu, até logo!

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28.3.09 | Autor: Maria Augusta

Um ano depois do desaparecimento de Maurice Béjart, a Ópera de Paris presta uma homenagem a ele apresentando alguns de seus consagrados balés, e entre eles a "Sagração da Primavera". Este balé, composto por Stravinsky que na sua estréia em 1913 desorientou o público, que o recebeu com uma vaia estrondosa, se tornou mais tarde uma das obras mais importantes do século XX, e mesmo da história da música.

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Le Sacre du Printemps de Pina Bausch © Ulli Weiss

A chegada da primavera sempre foi comemorada com cerimônias e rituais, e eve uma conotação de renascimento da natureza. Algumas culturas pagãs ancestrais ofereciam sacrifícios a seus deuses para saudá-la. E este balé tem como tema estes ritos e é composto de 2 partes : "Adoração da Terra" e "O Sacrifício". No primeiro, várias danças se sucedem para glorificar a primavera e estabelecer uma comunhão com a Terra. No segundo, eles louvam a jovem que sera sacrificada ao "deus da primavera" e procedem ao sacrifício.

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Le Sacre du printemps d'Angelin Preljocaj

Muitos coreógrafos se lançaram na realização deste balé mítico, com maior ou menor sucesso junto au público, sendo que o primeiro foi Nijinsky. Depois vieram Maurice Béjart, Angelin Preljocaj, Pina Bausch, entre outros. Para Béjart, este foi o balé que o consagrou e o lançou como um dos pioneiros da dança moderna.





Aqui em casa só considero que o inverno acabou e que os belos dias de primavera enfim chegaram quando vejo as jonquilles no vaso. E hoje, finalmente, ça y est! Encontrei-as no mercado e as trouxe para casa, estas florzinhas singelas portadoras de primavera. E as divido com vocês, para alegrar o seu domingo!

26.3.09 | Autor: Maria Augusta

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Menino jóquei na Mongólia - Tomasz Gudzowaty (3° lugar na categoria "Esportes")

A agência World Press Photo de Amsterdã promove anualmente um concurso para premiar as melhores fotos realizadas para a imprensa em dez categorias, como "Atualidades", "Esporte", "Natureza", etc. Nesta 52° edição relativa ao ano de 2008, a palma de "fotografia do ano" foi atribuida ao fotógrafo Anthony Sau, e mostra um detetive armado no interior de uma das casas das quais os proprietários foram expulsos devido à crise das subprimes. Trata-se de uma foto em branco e preto carregada de tensão, parece um ambiente de guerrilha (veja no diaporama abaixo, escolhi para ilustrar o post uma foto mais "poética").

O que me chamou a atenção nestas fotos é que a grande maioria das premiadas mostram momentos de guerra, violência ou desespero. Notem que as que se referem ao Brasil, uma mostra um sem-teto nas ruas de São Paulo (fiquei pensando no contraste com as fotos que tirei quando estive lá como as do post anterior, será que sou alienada?) e a outra uma mulher resistindo à uma ação de expulsão dos sem-terra, em Manaus. São situações críticas que precisam de solução, faz parte da liberdade de imprensa e é sua obrigação expô-las à sociedade. Mas será que esta super-exposição da tragédia humana tem realmente como intenção contribuir para que estes problemas sejam resolvidos? Ou será que é simplesmente porque são a violência e a miséria que dão Ibope e fazem vender jornais?



Veja todas as fotos premiadas aqui.

 

24.3.09 | Autor: Maria Augusta

Estes são alguns personagens insólitos que encontramos no Centro da cidade de São Paulo, nas recentes férias que passamos nesta cidade, e que traziam, cada um à sua maneira, alguns momentos de diversão no meio do corre-corre da metrópole que não pode parar.

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Update 1 :

O comentário da querida Aninha mostra bem o lado "jardin" e o lado "cour" da questão :

"E São Paulo é assim, um misto de artes e talentos.Há os pintores que nos impressionam com tanta habilidade. Há os que cantam ou tocam uma pequena banda, em plena 23 de Maio, ou República.Há os que tentam levar vantagem sobre os demais com um joguinho escuso. Enfim, São Paulo é isso, um misto de encantamento e de destruição, quando se anda pelas ruas centrais, e se depara com uma São Paulo que fede urina.Só uma coisa não se pode negar, é a cidade mais amada que se tem conhecimento."

Update 2 :

E por falar em São Paulo, recebi este convite hoje (devo ter deixado as coordenadas nas minhas andanças por lá). Não posso aproveitar, mas talvez alguns de vocês possam :

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23.3.09 | Autor: Maria Augusta

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Teatro da Comédie Française segundo uma aquarela do século XVIII

No jargão do teatro, as expressões "côté cour", "côte jardin" se referem aos bastidores, à direita e à esquerda do palco.Os personagens passam do sorriso às lágrimas, e o público vai ajustando suas expressões quando a garotinha sorridente sai pelo lado "jardin" e um outro carrancudo aparece pelo lado "cour". Pode-se falar também de cara ou coroa, yin ou yang, branco ou preto, de dualidades. E nós também oscilamos entre alegria e tristeza, riso e lágrimas, e no meu caso Brasil e França, ciência e misticismo, história e conquistas espaciais.Photobucket


E serão assim os assuntos sobre os quais pretendo falar neste blog, um pouco de tudo, em geral relacionados ao meu cotidiano e à atualidade, mas em relação ao Jardin Ephémère, eles serão tratados de uma forma menos contemplativa e mais reflexiva, abordando também com o lado "cour" (quintal). A frequência de blogagem seguirá a inspiração, não é pré-determinada.

E então cara ou coroa? Yin ou yang? Jardin ou quintal? Talvez um pouco dos dois...é isso que gostaria que vocês me ajudassem a descobrir nas postagens deste blog. E como é primavera aqui no Hemisfério Norte, ofereço este buquê de flores para dar as boas vindas a todos vocês.